sábado, 28 de fevereiro de 2009

Quando um coração pulsa, uma alma se doa
Quando um olho aponta, uma boca abençoa
Se um pé toca, dedos ascendem
Num instante de corpos tudo se promete e mente.

É como o enlace mortal da adaga contra o peito.
O sangue jorrando completando a intenção:
Vida e morte sobre o leito.

Nascemos e morremos a todos os instantes.
Amamos e choramos durante séculos e continuamos errantes.

Não é fácil ceder, ou ser cedido
Gostar e não ser percebido
Sentir e não ser conduzido
Beijar e não ser correspondido

Olhos injetados, raiva nas veias, instinto nalma.

A flor entre as mãos, sobre o tronco espremido, empresta um pouco de vida a um corpo que ali a nossa frente jaz, num súbito silêncio gemido.

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