domingo, 11 de abril de 2010

Míngua, míngua Lua
Vai, faz que te anula
Escancara a tua cara
E ilumina toda a rua

Renova, nova Lua
Extirpa a pele de cordeiro
E deixe que o lobo avesso
Pelo avesso se conclua

Cresce, louca Lua
Solta este dragão vermelho
Escorrendo todo teu receio
Pela sarjeta que flutua

Explode, cheia Lua
Incinera cada inércia minha
Que do meu suspiro aninha
A loucura que me usurpa

Transforma, ecoante Lua
Que de todo pensamento evaporado
Seja o coração exaltado
E que a ele o meu se una.