sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vou juntar os pontos
E traçar meus encontros,
Conter minha alma buliçosa
Satisfazendo todo o encanto

Vou entrar num copo,
Numa garrafa, ou taça
E preencher todo espaço,
Por completo,
Ficar beirando a janela,
Aquela aberta,
E ver tudo como o certo.

Vou estender meus braços
E encontrar os mesmos e outros laços
Nem tão longe, nem tão perto
Mas de um jeito que eu sempre os encontre
Sem nunca perder o passo

Vou domar meus olhos ciganos
Que perdidos na fina retina
Vivem na busca da ilha perdida,
Uma rede longínqua,
O par de sandálias perdidas

Quero as mesmas perguntas com respostas diferentes
Quero ver o mundo mostrar seus dentes,
Olhos, bocas e adjacentes
Quero a foto, a moto, os óculos
Quero tudo dentro do meu foco.