sábado, 28 de fevereiro de 2009

A janela...


Da janela vejo muitas coisas...
Vejo o asfalto, vejo calçados, calçadas.
Vejo a multidão de pessoas cantando um único verso antigo,
repetido pela pianola do tempo,
mas com uma vivacidade como se tivesse sido parido agora.
Vejo Nietzsche na rua, brasileiro por convicção, seguindo atrás do trio elétrico,
batendo macumba num terreiro de chão etéreo.
Vejo teatros, bonecos, objetos estranhos dentro de um mesmo contexto.
Vejo a minha vida passar diante dos meus olhos,
dando os ombros a minha esquisitice sonolenta.
Vejo meu amor chegando para dizer que vai embora,
Assim, sem hora
Sim senhora...
Vejo tudo como se me visse refletida em cada parcela, em cada batucada, em cada migalha, em cada pescada
Eu e a menina dos meu olhos, na madrugada.

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