sábado, 28 de fevereiro de 2009

Das folhas do meu livro,
Fiz do cinza, cor de rosa
Do desencontro o encontro
Dos meus sonhos, palavra nova

Da tinta preta o vermelho fogo
Do que era insípido, o odor das rosas
Das palavras perdidas desfiz meu medo
Do meu desejo, jocoso sufoco

Quando vi teu reflexo,
Foi para me dizer que ia ficar
E eu, cego, entendi errado
Acreditando que ia me deixar

Na parede fria e dura
Minhas cartas penduradas
E como por encantamento
Uma porta se mostrava

Diante da porta, uma calçada
Molhada, porque do céu choveu
E ao invés de lágrimas, nesta chuva
O que eu tenho agora são os beijos teus

Nenhum comentário:

Postar um comentário