No meu horizonte, uma estreita linha
Um mar com braços de amansar
Uma fina cortina que tranqüiliza
Escondendo feras avessas, presas num pesar
Tão longo que em sonhos descanso
À distância de um ombro meu
Tão eu quanto o desejo aceito
Matéria golpeada pela espada de Teseu
Uma fúria imensa silvando aos meus olhos
Sondando meu passo tropeçando de imediato
Desbaratando minha confusa e intrépida razão
Orientando meu fluxo para este regato
São pedaços juntos aos nós dos laços
São amores compartilhando companhias, beijos e afagos
É medo que surgindo do nada foge do reflexo no espelho
É meu sonho, neste horizonte, virando a matéria de fato
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