Brisa para Dois
Brisas que abençoam palavras
Que na liberdade desconfiguram-se em palavas
E estas em sentimentos, não mais malditos
Porque são somente palavas...
Palavas que surgem no céu da boca... e ficam lá...
Fazendo cócegas, dançando...
Algumas sobem...
Vão para o piso superior, transformar-se em elemento...
Outras descem um pouco, piso intermediário, tornando-se alimento...
Outras, ainda, talvez mais fugazes, ou talvez mais espertinhas
Escapam pela boca
E voam novamente... fazendo nascer outras palavas...
Em outras pracinhas...
As que encontram as pracinhas lá esperam,
Empoçam esperando o calor de um dia vivo
Para as mesmas evaporarem... e retornarem ao céu.
Lá dançarão mais um baile.
Mais uma valsa,
Mais um compasso..
E de uma dança, uma nova canção o pulmão se enche...
As palavras-palavas esperam... seu ápice está por vir.
Uma melodia flutua no ar,
Faz vibrar um coração.
A expectativa toma o salão,
Torna-se densa.
O ar quente possuia a sala,
Deixa a moça ruborizada.
Os pares se entreolham,
Se tocam,
Entrelaçam os olhares tão vivos
Tão ricos e cheios de expectativa.
As pálpebras se fecham... o calor aumenta
E as palavas, no seu frenesi
Vêem a luz.
A poesia torna-se concreta.
Elaine Eco e Felipe de Paula
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